Sofrendo por Jurandir? Mulher, se preserva!

Tem homens que entram na vida da mulher como se fosse presente, mas se instalam como pendência. No começo, parecia só um detalhe fora do lugar. Quando a gente percebe, já estão ocupando espaço demais — no corpo, na casa, na rotina, na paciência.


Eles não chegam para somar, mas para se acomodar. Chamam de parceria o que é, na verdade, uma transferência sutil de carga. Dizem que querem dividir, mas somem quando a divisão inclui louça, filhos, boletos vencidos e silêncios incômodos.

Imagem produzida no Canva – Fernanda Azevedo

Não é sobre um nome específico. É sobre um padrão. Um velho roteiro com roupa nova. Antes, vendiam pra gente a imagem do provedor: o homem que trazia o sustento enquanto a mulher fazia todo o resto. Era injusto, desigual, e nunca romântico — mas ao menos ninguém disfarçava o arranjo.

Hoje, o modelo mudou, mas a desigualdade ganhou contornos mais sofisticados. A mulher saiu de casa, entrou no mercado, conquistou autonomia — e ainda assim, carrega a maior parte do afeto, do cuidado, da organização da vida. O homem contemporâneo se diz evoluído, propõe divisão das contas, mas não das consequências. Se ausenta nas pequenas decisões, terceiriza responsabilidades, e ainda cobra leveza.

Imagem produzida no Canva – Fernanda Azevedo

É o casamento da modernidade: metade das contas, quase nada das responsabilidades. O discurso é atualizado, mas a prática continua ancorada no passado — com um toque de aplicativo, um punhado de frases de autoajuda e nenhuma disposição real pra crescer junto.

A régua do que a mulher oferece subiu. Ela tem diploma, independência, visão de mundo. Mas a régua do que ela aceita ainda está desregulada — e é por essa fresta que o Jurandir entra. Promete parceria, entrega peso. Se apresenta como solução, vira fardo. Quer cama, colo, comida e crédito emocional, sem trazer nada que construa verdadeiramente uma vida em comum.

A mulher precisa parar de romantizar homem que estaciona. Que ergue muros em vez de construir pontes. Que teme o trabalho do afeto, mas exige os frutos do cuidado. Relacionamento é escolha, não salvação. E se for pra dividir a vida, que seja com quem também quer criar caminhos — e não apenas se instalar nas rotas que você abriu sozinha.

Imagem produzida no Canva – Fernanda Azevedo

Sofrer por Jurandir é aceitar migalhas e chamar de banquete.
É insistir num modelo de amor que só funciona pra ele.
É se manter onde a sua potência é drenada, e não multiplicada.

Se ele quer metade do aluguel, mas nenhuma parcela do seu cansaço…
Se ele quer o seu corpo, mas foge da sua complexidade…
Se ele quer presença, mas não quer responsabilidade…

Se poupe. Feche a porta. Suba a régua. E se abra só pra quem sabe somar.

Pare de sofrer por esse Jurandir!

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