E se for esse o caminho? A coragem de mudar sem garantias

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E se for esse o caminho? A coragem de mudar sem garantias

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Há momentos na vida em que o chão conhecido começa a se tornar apertado.
Mesmo que por fora tudo pareça certo, por dentro algo pulsa com força: um chamado silencioso, quase imperceptível no início, mas insistente.
Um chamado para mudar de rota.

Quando recebi o convite para trabalhar em outra cidade, recém-divorciada, com um filho pequeno e um relacionamento novo nascendo, tudo em mim oscilou.
Era como se a vida tivesse acendido uma lanterna em meio à escuridão, apontando um caminho que eu não conhecia — mas que, de alguma forma, fazia sentido.
Aceitar significou deixar tudo o que era conhecido.
Me despedi da cidade onde construí minha história, das minhas referências, da rede de apoio, das certezas frágeis. Me despedi até da versão de mim que sabia exatamente onde pisava.
E fui.

Sorocaba se apresentou como solo novo e fértil, mas exigente.
Uma terra que me testou, me virou do avesso, me desafiou em todos os níveis. Foram noites acordada, decisões difíceis, medos antigos, uma saudade da minha versão que ficou para trás.
Mas também foram dias de reencontro comigo, de florescimento interior, de uma força que eu não sabia que tinha.
A coragem de desapontar expectativas, de confiar sem garantias, de seguir mesmo sem saber se daria certo, foi o que me sustentou.

[IMAGEM 1]

Hoje, olhando para trás, entendo que o Universo conspirou com delicadeza e precisão.
Me apresentou um convite disfarçado de oportunidade, mas que era, na verdade, um portal. Um renascimento.
Os últimos quatro anos em Sorocaba me deram mais crescimento do que décadas vividas no piloto automático. Me tornei mais inteira, mais leve, mais fiel a mim mesma.
A mulher que saiu da cidade antiga já não existe mais. Em seu lugar, nasceu alguém que sabe escolher por si, mesmo quando tudo à volta pede conformidade.
Recomeçar no escuro é uma travessia solitária e é também o berço da autenticidade.


Se você sente que há um novo caminho pedindo passagem, mesmo que ele pareça assustador, silencie o ruído externo. Ouça o que pulsa em você. Às vezes, a alma sabe antes da mente.
E o que parece loucura para o mundo pode ser exatamente o que sua vida precisa para florescer.
Te faço um convite: pegue um caderno ou uma folha, escolha um lugar tranquilo e respire fundo por alguns minutos, para que possa estar presente no aqui e agora.
Depois, responda com sinceridade a essas 3 perguntas:

1. Qual escolha eu venho adiando por medo do desconhecido?

2. O que dentro de mim sabe que já é hora de mudar?

3. Se eu não precisasse dar explicações a ninguém, o que eu escolheria agora?

Quando terminar, escreva uma frase como âncora para este momento, começando com:
“Hoje, eu me permito…(e se dê essa permissão com base nas suas respostas)
Deixe que essa frase guie seus próximos passos.
Escreva como um pacto silencioso com a sua essência, com a sua versão mais autêntica.

Talvez esteja na hora de escolher por você. Com coragem. Com amor. Com fé no invisível.
Porque mudar de rota não é desvio. É direção.
Às vezes, é só assim que a alma encontra o caminho de volta para casa.

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